quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

EJA- ARTES - A arte: classificação e características

A arte: classificação e características
Objetivo: Identificar formas e características da arte.

Até o princípio do século XX, manifestações como o cinema e a fotografia não se tinham alçado à condição de arte. Hoje, as formas artísticas são mais numerosas: além das duas citadas anteriormente, ainda temos as criações para o vídeo (videoarte, uma filmagem artística especialmente criada para o vídeo, e o videoclipe, uma seqüência de imagens para acompanhar uma composição musical) e as formas da arte digital (do computador), muito recentes e discutidas.
Uma outra característica das artes no século XX foi a diluição de suas fronteiras: formas e gêneros se fundem muitas vezes, criando objetos híbridos que fogem às classificações convencionais:
um livro de literatura pode ter imagens e vir acompanhado de um CD; uma peça de teatro pode reunir música, vídeo, dança, e assim por diante.
Em todo caso, para início de conversa, podemos usar uma divisão clássica das manifestações artísticas: as que se realizam no tempo e as que se realizam no espaço. As primeiras nos chegam basicamente pelos ouvidos: seus elementos são percebidos em seqüência. As segundas nos chegam pelos olhos: temos delas uma percepção global.

Atividade 5
Divida as formas de arte indicadas na atividade 3 em artes auditivas e visuais.
Artes auditivas:
Artes visuais:

Possivelmente, você teve algumas dúvidas: como classificar a dança, o cinema e o vídeo?
A dança é a arte do movimento do corpo, mas dificilmente conseguimos desvinculá-la da música. Certamente, ela é visual, mas liga-se à audição de pelo menos um ritmo. O cinema, que tem origem na fotografia, é muito mais do que a fotografia em movimento: em geral, tem falas, tem música. Vai, portanto, muito além da imagem. O vídeo, em qualquer de suas vertentes, é também uma mistura de várias expressões: imagem, música, palavras.
acessórios (sobretudo jóias), cada vez mais é vista como uma criação artística. O artesanato tem muitas vezes características de arte.
A própria literatura pode criar dúvida: é visual ou auditiva? Não se esqueça de que,durante muito tempo, e para os povos que não têm escrita, a literatura é ouvida. Mesmo quando se apresenta escrita, como ocorre comumente hoje, ela se desenvolve no tempo:
você a percebe numa seqüência. A não ser em alguns casos de poesia concreta, você não tem como percebê-la globalmente, numa primeira abordagem.
Você pode estar se perguntando: como, então, identificar a arte e qual a sua função real em nossa vida?
É fundamental lembrar que o século XX, inaugurando a pós-modernidade, democratizou não só o conceito de arte, mas também o acesso à obra de arte e à produção artística. Isso aconteceu, fundamentalmente, em razão do aperfeiçoamento das técnicas de reprodução de obras: equipamentos cada vez mais requintados facilitam nosso conhecimento das obras de arte dos mais distantes museus do mundo. Além disso, cada vez mais as obras de arte saem de seus “lugares sagrados”, ganham as praças públicas, viajam o mundo. A tecnologia avançada vai também tornando acessíveis a muitas pessoas os equipamentos de “fazer arte”: máquinas fotográficas, câmeras de cinema, impressoras
vão possibilitando o aparecimento de “produções independentes”.
Obviamente, nem todas essas produções artísticas têm qualidade, assim como nem tudo tem qualidade superior no artesanato, na literatura, na pintura, na música, no cinema.
Qualidade é, no entanto, um ponto muito controverso; cada pessoa, cada cultura e cada época têm lá sua forma de avaliar as obras de arte.
A exigência de qualidade, por sua vez, tem a ver com os próprios objetivos das pessoas ao entrarem em contato com a obra de arte. Com muita freqüência, em determinados momentos, contentamo-nos com obras de qualidade menor.

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