quinta-feira, 31 de março de 2011

Atividades sobre conjunção

Diante do que foi estudado responda:
1- O que é conjunção?
2- Para que serve uma conjunção?
3- Como podemos classificar as conjunções?
4- Quando posso dizer que uma conjunção é coordenada?
5- Quando posso dizer que uma conjunção é subordinada?
6- Quantas são e quais são as conjunções coordenadas?
7- Quando podemos dizer que é uma conjunção coordenativa aditiva?
8- Quando podemos dizer que é uma conjunção coordenativa adversativa?
9- Quando podemos dizer que é uma conjunção coordenativa alternativa?
10- Quando podemos dizer que é uma conjunção coordenativa explicativa?
11- Quando podemos dizer que é uma conjunção coordenativa conclusiva?

Conjunções subordinativas adverbiais

Conj. Subord. adverbiais

Exprimem circunstâncias de ...

Exemplos

Causais - Causa:
porque, que, visto que, como, uma vez que, já que, etc. O aluno vibrou porque a nota foi excelente.

Já que vieste, fica para a festa.


Comparativas Comparação:
como, mais...(do ) que, menos... ( do ) que, tão ... como,tanto... quanto, tão ... quanto, assim como, etc.

Numa sala de fumantes há menos oxigênio do que fumaça.
O policial agiu mais rápido que o assaltante.

concessivas Concessão:
Exprime um caso particular, uma exceção do processo contido na or. principal.
Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, conquanto, apesar de que, etc.

Embora seja cedo, é melhor partirmos.

Apesar de analfabeto, entende de mecânica.
Embora não fosse gênio, consegui grandes realizações.

condicional Exprime a condição imposta para que ocorra o fato contido na oração principal.

Desde que, se, a menos que, desde que, contanto que,caso,sem que,uma vez que, a não ser que,exceto se, a salvo-se...
Se você puder, venha hoje.
A passeata só será adiada se chover.
Caso todos estejam de acordo,
iniciaremos a reunião às oito horas.

consecutiva Exprime a conseqüência do fato contido na or. principal.

(tão) ...que, tanto)...que, (tamanho) ...que O vento foi tanto, que quebrou as árvores.

O susto foi tamanho que ela caiu desmaiada.
conformativa Estabelece uma forma, um critério, um modelo de acordo com o qual ocorre o fato expresso pela oração principal.Como, conforme, segundo... Conforme se combinou, ele virá hoje.

Ele sempre agiu como determina o regulamento.


Proporcional Proporção, quanto mais...tanto mais, ao passo que, à proporção que, à medida que...
À medida que cresce, ele fica mais magro.

O meio ambiente é agredido à medida que o progresso avança.


Temporal Tempo:

quando,logo que,sempre que, depois que,desde que, enquanto, assim que,até que, mal, apenas, sem que (=antes que)...

Assim que cheguei, ele veio visitar-me.
Mal ele abria a boca, todos riam.
Morreu sem que viajasse para a Europa.


Final Exprime a finalidade, o objetivo do fato contido na oração principal.

A fim de que, para que, que (= para que), de forma que, de modo que, de sorte que, para...
Para que todos participassem, o prazo de inscrição foi prorrogado.

Deus criou os homens para que sejam felizes.

conjunções subordinativas se dividem em: integrantes e adverbiais.

As conjunções subordinativas se dividem em:
integrantes e adverbiais.

A- Integrantes: são as que introduzem orações subordinativas, ou seja, as que exercem as mesmas funções que o substantivo.

Resumem-se em duas: que e se.
Que – para uma afirmação certa:

Desejo que sejas feliz.
Se – para uma afirmação incerta:


Não sei se devo revelar-lhe o segredo.

B- Adverbiais: São as que , exprimem diferentes circunstâncias.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

Subordinam uma oração a outra, ou a um termo da oração. Uma oração é a principal e a outra é subordinada.
Espero que me compreendas
Oração oração
principal subordinada

Espécie de conjunções coordenativas Estabelecem coordenação e exprimem... Exemplos

Aditivas adição e correlação:

E, nem, nem...nem, não só... mas também, etc Não só leio mas também escrevo.
Correu e lutou bastante.

Adversativas contraste e compensação:

mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, etc.
Saiu, mas não foi ao banco
Ele lê bastante, todavia não se concentra.

Alternativas alternância e correlação:

Ou, ou ... ou, ora ... ora , já ... já, quer ... quer, seja ... seja, umas vezes ... outras vezes, etc.

Ou sai você ou ( saio ) eu. Quer leia, quer escreva, está sempre aprimorando sua linguagem.

Conclusivas conclusão , conseqüência :

logo, pois, portanto, por isso, por isto, por conseguinte, assim,etc. Ele estudou, por conseguinte terá um futuro bem-sucedido.

Não previu nada, por isso esqueceu a mala.



Explicativas explicação e esclarecimentos:
que, porque, porquanto, pois,etc. (Se que e porque tiverem valor subordinativo, passam a ser conjunções causais. )
Não polua o ar, pois precisamos dele limpo.
Vá, que poderá ser prejudicado.

Conjunções subordinativas

Subordinativas

As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma oração é um membro sintático de outra, esta oração pode exercer funções diversas, correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas. Um período formado por conjunções subordinadas que não contém as tais conjunções é chamado de: oração principal.

Integrantes

que, se.
Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se.
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se se.
Afirmo que sou inteligente.
Não sei se existe ou se dói.
Espero que você não demore.

Observação: Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".

Exemplo:
Afirmo que sou inteligente. (Afirmo isto.)
Não sei se existe ou se dói. (Não sei isto.)
Espero que você não demore. (Espero isto.)
As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.

Causal

porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, entre outros.
Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.
Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.

Comparativa

que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade), etc.
Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.
Indica comparação entre dois membros.
Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
O menino está tão confuso quanto o irmão.
O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.

Concessiva

embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem..

Condicional

se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.
Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.

Conformativa

conforme, como, segundo, consoante, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.
Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)

Consecutiva

que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
Iniciam uma oração na qual se indica a consequência.
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
Falou tanto na reunião que ficou rouco
Tamanho o labor que sentiu sede
Era tal a vitória que transbordou lágrimas de emoção
As palavras são todas de tal modo ou tamanho

Final

para que, a fim de que, porque [para que], que
Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal
Aqui vai o livro para que o leia.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.

Proporcional

à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)
Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
O preço do leite aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.

Temporal

quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.
Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo
Custas a vir e, quando vens, não demora.
Implicou comigo assim que me viu;

Observações gerais

Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em negrito:

"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado."
"Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal."
"Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal."
"Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa."
"João subiu e desceu a escada."
Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.

Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será
conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".

Veja o exemplo:
"Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és."
"Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és."
As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.
As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.

A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."

O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "Qual é a coisa que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:

Não sei se morre de amor. (Qual é a coisa que não sei? Se morre de amor.)
O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
• Explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
• Conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;
• Causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".


Referências
1. ↑ Gramática - Teoria e Exercícios - Paschoalin & Spadoto
2. ↑ Gramática Escolar da Língua Portuguesa - Bechara, Evanildo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Conjun%C3%A7%C3%A3o Acessado em 31/03/2011

Conjunções coordenativas

As conjunções coordenativas são conhecidas por:

Aditivas

Indicam uma relação de adição à frase. Unem palavras de mesma função sintática. São elas:e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto),bem como e etc.
Ex: Comi e fiquei satisfeita. Todos aqui estão contentes e despreocupados. João apeou e deu bons-dias a todos. O acontecimento não foi bom nem ruim.

Adversativas

Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.
Ex: O carro bateu, mas ninguém se feriu.

Alternativas ou disjuntivas

Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou...ou, ou, ora...ora, já...já, quer...quer, etc.
Ex.: Ou ela, ou eu.

Explicativas

Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).
Ex: Ele não entra porque está sem tempo.

Conclusivas

Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por isto, assim, etc.[1][2]
Ex: Ele bateu o carro, pois estava embriagado.

Conjunções

Conjunção é uma das dez classes de palavras definidas pela gramática. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.
São exemplos de conjunções: portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme.
Quando duas ou mais palavras exercem função de conjunção dá-se-lhes o nome de locução conjuntiva. São exemplos de locuções conjuntivas: à medida que, apesar de, a fim de que.
As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos que ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível sintático, são ditas conjunções coordenativas.
Quando conectam duas orações que apresentem diferentes níveis sintáticos, ou seja, uma oração é um membro sintático da outra, são chamadas de conjunções subordinativas.
Apesar de ser uma classe de palavras com muitas classificações, são poucas as conjunções propriamente ditas existentes. A maioria delas são na verdade locuções conjuntivas (mais de uma palavra com a função de conjunção) ou palavras de outras classes gramaticais que às vezes exercem a função de conjunção em um período.
As conjunções ditas "essenciais" (isto é, palavras que funcionam somente como conjunção) são as seguintes: e, nem, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, ou, porque,pois, portanto, se, ora, apesar e como.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Dúvidas e curiosidades de Português

Dicas de Português - http://colunas.g1.com.br/portugues/ - Postado por Sérgio Nogueira em 31 de março de 2010 às 18:21

107. A dúvida é: A reunião só começará após às ou as 10h?
A resposta é: A reunião só começará após as 10h.
Já sabemos que a presença de uma preposição dispensa o uso de outra. Se temos a preposição após, não haverá crase porque não teremos a preposição a. O mesmo ocorre com outras preposições: “Ele está aqui desde as 10h”; “A reunião ficou para as 10h”; “A reunião será entre as 10h e o meio-dia”.

108. A dúvida é: O atacante ficou cara à cara ou cara a cara com o goleiro?
A resposta é: O atacante ficou cara a cara com o goleiro.
Não ocorre crase em expressões repetidas do tipo “cara a cara, frente a frente, gota a gota, face a face”. A explicação é simples: o substantivo repetido está usado no seu sentido genérico, ou seja, sem artigo definido. Temos apenas a presença da preposição “a”. A prova disso é que o mesmo ocorre com os substantivos masculinos: “corpo a corpo, lado a lado”.
109. A dúvida é: Espere um instante que o diretor já vai falar consigo ou com você?
A resposta é: Espere um instante que o diretor já vai falar com você.
“Falar consigo”, rigorosamente, no Brasil, é “falar com si mesmo”. CONSIGO é um pronome reflexivo e devemos evitar usá-lo com o sentido de “com ele”, “com você” ou “contigo”. Isso significa que a expressão CONSIGO MESMO seria redundante. Não é necessário dizer: “Ele levou os dólares consigo mesmo.” Basta: “Ele levou os dólares consigo.”

110. A dúvida é: Eu vi ela ou a vi?
A resposta é: Eu a vi.
No caso específico da frase “Eu vi ela”, o problema é que, além do cacófato (=vi ela), temos um pronome mal empregado: ELE(S) e ELA(S) são pronomes pessoais do caso reto e só podem ser usados na função de sujeito. Para complementos verbais, devemos usar os pronomes oblíquos (o, a, os, as, lhe, lhes …).
Frequentemente, pessoas que desejam falar bem cometem alguns errinhos, pois querem corrigir o que está errado e não sabem como. Ouço muito: “Há quanto tempo que não LHE vejo!”. Costumo dizer: “É porque você está vendo muito mal”. Quer saber por quê. Ora, o pronome LHE substitui “objetos indiretos”. Para os “objetos diretos”, devemos usar os pronomes O(S) e A(S). O verbo VER é transitivo direto; o correto, portanto, é “Há muito tempo que não o vejo.”
Resumindo: ELE(S) e ELA(S) = pronomes pessoais retos = sujeito; LHE(S) = pronomes pessoais oblíquos = objetos indiretos; O(S) e A(S) = pronomes pessoais oblíquos = objetos diretos.

111. A dúvida é: Ela trouxe o livro para mim ler ou para eu ler?
A resposta é: Ela trouxe o livro para eu ler.
É outro vício de nossa linguagem cotidiana. MIM é um pronome pessoal oblíquo, por isso não pode exercer a função de sujeito. Observe que são duas orações: “Ela trouxe o livro / para eu ler”. A segunda oração é reduzida de infinitivo (= para que eu lesse). Isso significa que o pronome pessoal reto EU é o sujeito do verbo LER.
Se não houvesse o verbo LER, teríamos apenas uma oração cujo sujeito é o pronome ELA. Nesse caso, devemos usar o pronome pessoal oblíquo: “Ela trouxe o livro para MIM.”
Essa regra se aplica a qualquer preposição. Observe os exemplos: “Ela chegou antes DE MIM”, porém “antes DE EU sair”; “Ela fez isso POR MIM”, porém “POR EU estar cansado”.
Assim sendo, responda: o certo é “Não há nada entre EU e você” ou “entre MIM e você”? Quem disse “entre EU e você” respondeu “de ouvido” e “se deu mal”. O correto é “entre MIM e você”. Observe que não há verbo após o pronome MIM. Isso significa que ele não é sujeito, por isso devemos usar o pronome pessoal oblíquo.
Se a resposta não lhe agradou, em vez de usar “entre eu e você” (que está errado) ou “entre mim e você” (que está certo, mas você achou esquisito), diga que “não haverá mais nada entre NÓS”. Resumindo: Preposição (de, entre, para, por…) + EU + verbo infinitivo; Preposição (de, entre, para, por…) + MIM (sem verbo).

112. A dúvida é: Os nossos fornecedores querem fazer uma reunião com nós ou conosco?
A resposta é: Os nossos fornecedores querem fazer uma reunião conosco.
Na 1a pessoa do plural, o pronome pessoal oblíquo tônico é conosco: “Ele quer falar conosco”. Entretanto, devemos usar a forma “com nós” antes de algumas palavras: “Ele quer falar com nós todos”; “Ele deixou a decisão com nós mesmos (=com nós próprios)”; “Ele quer fazer uma reunião com nós dois” (=numerais); “Ele deixou a decisão com nós, que reclamamos da sua proposta”.
No Português falado no Brasil, em vez de conosco, ouvimos muito mais o “famoso” com a gente: “Ele falou com a gente”, “Ele saiu com a gente”. Entretanto, em textos formais que exijam uma linguagem mais cuidada, devemos usar conosco. É só imaginar a ata de reunião de uma grande empresa: “Os nossos fornecedores querem fazer uma reunião com a gente”. Fica muito estranho. Não é uma questão de certo ou errado. É um problema de inadequação.

102. A dúvida é: Ele chegou à ou a Brasília?
A resposta é: Ele chegou a Brasília.
Primeiro, é bom lembrar que o caso mais comum de crase é a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a”. Quando ocorre essa fusão (=crase), devemos pôr o acento grave (`) indicativo da crase sobre a vogal “a” (= à). No caso do verbo chegar, não há dúvida quanto à presença da preposição “a”, pois quem chega sempre chega “a” algum lugar. A dúvida é o segundo “a”: se existe ou não o artigo “a”. Aqui a dificuldade é saber se o nome do lugar (=país, estado, cidade, vilarejo, bairro…) é usado com ou sem artigo. Por exemplo: nós falamos “São Paulo” (=sem artigo), “O Rio de Janeiro” (=com artigo masculino “o”) e “A Bahia” (=com artigo feminino “a”). Isso significa que “nós chegamos a São Paulo” (=não há crase, porque não existe artigo), “nós chegamos ao Rio de Janeiro” (ao = preposição “a” + artigo masculino “o”) e “nós chegamos à Bahia” (=com acento indicativo da crase, porque existe o artigo feminino “a” antes da Bahia). No caso de Brasília, não ocorre a crase porque não há artigo definido feminino “a” antes de Brasília.
Em caso de dúvida, se há ou não o artigo “a”, podemos usar o seguinte “macete”: 1. Se você “volta da” (=preposição “de” + artigo “a”), é porque existe o artigo. Isso significa que você “vai à”; 2. Se você “volta de” (= só preposição “de”), é porque não existe artigo antes do nome do lugar. Isso significa “crase impossível”, ou seja, “vai a”. Vamos testar: 1. Você volta da Bahia, então “vai à Bahia”; 2. Você volta de Brasília, então “vai a Brasília”.
O “macete” é tão bom que ele é capaz de evitar que você caia em “armadilhas” de concursos. Por exemplo: “Você vai a Porto Alegre” (=sem crase), porque “você volta de Porto Alegre”; mas “você terá de ir à bela Porto Alegre” (=com crase), porque “você volta da bela Porto Alegre”. “Você vai a Paris”, porque “você volta de Paris”; mas “vai à Paris dos seus sonhos”, porque “volta da Paris dos seus sonhos”.

103. A dúvida é: A nossa reivindicação é igual a ou à dos aposentados?
A resposta é: A nossa reivindicação é igual à dos aposentados.
Devemos usar o acento grave indicativo da crase sempre que ocorre a fusão de duas vogais iguais. O caso mais conhecido é o da contração da preposição “a” com o artigo definido “a”. Entretanto é possível que o segundo “a” seja um pronome demonstrativo, como é o caso do exemplo acima. Temos a preposição “a” exigida pela regência do adjetivo igual (tudo que é igual é igual a alguma coisa) e o pronome “a”, que está substituindo o substantivo reivindicação: “A nossa reivindicação é igual à reivindicação dos aposentados”. A maior prova de que temos duas vogais iguais (a+a=à) é que, se fosse um substantivo masculino, ficaria “ao”: “O nosso pedido é igual ao dos aposentados”.

104. A dúvida é: O jurista estava referindo-se a ou à leis?
A resposta é: O jurista estava referindo-se a leis.
Não devemos usar o acento grave indicativo da crase por um motivo muito simples: neste caso encontramos apenas a preposição “a”. Não há o artigo definido. Se houvesse, deveria estar no plural concordando com “leis”: “…referindo-se às leis”. Podemos, a partir disso, tirar uma conclusão: jamais ocorrerá crase antes de substantivo plural se o “a” estiver no singular: “Tráfego proibido a motocicletas”; “A reunião será a portas fechadas”; “Não dê ouvidos a reclamações infantis”; “Ele não se referia a mulheres, e sim a crianças”…
“Fazer referência a leis” e “fazer referência às leis” são bem diferentes. No primeiro caso, a referência está sendo feita a leis em geral, ou seja, não há crase porque não há artigo para definir as leis: referência a (preposição) leis (sem artigo definido = leis em geral). No segundo exemplo, a referência é feita a determinadas leis. Ocorre a crase porque temos, além da preposição “a”, o artigo definido feminino antes do substantivo “leis”: referência às leis = referência a (preposição) as leis (com artigo definido = determinadas leis).
105. A dúvida é: Ele chegou a ou à 1h da madrugada?
A resposta é: Ele chegou à 1h da madrugada.
Devemos usar o acento grave indicativo da crase nas locuções adverbiais femininas: à toa, às claras, à força (de modo); à direita, à frente, à distância (de lugar); à tarde, às vezes, à última hora (de tempo). No caso de “à 1h da madrugada”, temos um adjunto adverbial de tempo. Isso significa que devemos usar o acento da crase em todas as horas: “A reunião começará às 14h”; “A aula só termina às 10h”; “Ela só chegará à meia-noite”.
“Ela chegou à 1h” é diferente de “ela chegou a uma hora qualquer”. Nesse caso, não ocorre a crase, pois temos apenas a preposição “a”. Em “uma hora qualquer”, há artigo indefinido (uma). Aqui não estamos definindo a hora da chegada. Não havendo o artigo definido “a”, não há crase. E não devemos confundir “ela chegou à 1h” com “ela chegou há uma hora”. Agora, a forma verbal “há” indica que “faz” uma hora que ela chegou.

106. A dúvida é: Ela está aqui desde às ou as 10h?
A resposta é: Ela está aqui desde as 10h.
A presença da preposição “desde” significa que não há a preposição “a”, logo não ocorre crase. Temos apenas o artigo definido “as”. Após uma preposição não há crase: “Após as 18h, as nossas portas estarão fechadas”; “A reunião ficou para as 16h”; “Ele teve de comparecer perante a justiça”.
No caso da preposição “até”, temos um caso facultativo: “Ele ficará aqui até as 18h ou até às 18h”. No caso da locução prepositiva “a partir de”, não há crase: “a reunião começará às 18h”, mas “a reunião começará a partir das 18h”.

94. A dúvida é: O deputado acha de que ou que estas medidas não são necessárias?
A resposta é: O deputado acha que estas medidas não são necessárias.
Quem acha sempre acha alguma coisa, ou seja, o verbo achar é transitivo direto. Isso significa que a preposição “de” é totalmente desnecessária.
O mesmo vale para “eu penso que” (e não “eu penso de que”), “nós julgamos que” (e não “nós julgamos de que”).
No caso de “o Fluminense chegou à vitória que tanto precisava”, temos o problema ao contrário. Agora está faltando a preposição “de”, pois quem precisa (=necessitar) sempre precisa “de” alguma coisa. Assim sendo, o correto é “o Fluminense chegou à vitória de que tanto precisava”. O mesmo ocorre com o verbo gostar. O certo é “Esta é a música de que o povo gosta”, e não “a música que o povo gosta”.

95. A dúvida é: Ele tem muito respeito pelo ou para com o adversário?
A resposta é: Ele tem muito respeito pelo adversário.
Usar uma preposição já exige cuidados, que dirá usar duas!!! Quem tem respeito tem respeito por alguém ou por alguma coisa. Em geral, a combinação “para com” é desnecessária e pedante: “Ele não teve consideração para com Itamar”. Basta: “Ele não teve consideração com Itamar”.
Exemplo semelhante é a tal história de “chutar por sobre a trave”. Ou “chutou sobre a trave” ou “por cima da trave”.

96. A dúvida é: O técnico da seleção só falou após ao ou após o jogo?
A resposta é: O técnico da seleção só falou após o jogo.
A presença da preposição após dispensa a preposição a. É bom lembrar que ao é a combinação da preposição a com o artigo definido o. Não há necessidade de usarmos duas preposições juntas. Outro exemplo errado é “estava perante ao juiz”. O correto é dizer “perante o juiz”.

97. A dúvida é: Uma multidão assistiu ao ou o desfile de todas as escolas?
A resposta é: Uma multidão assistiu ao desfile de todas as escolas.
O verbo assistir, no sentido de “ver, presenciar”, é transitivo indireto. Isso significa que o uso da preposição “a” é obrigatório. Se você assiste (=ver), assiste a alguma coisa. A confusão se deve ao verbo ver, que é transitivo direto. Você vê o desfile, mas assiste ao desfile. Outro motivo que pode causar confusão é o fato de o verbo assistir ser transitivo direto quando usado no sentido de “prestar assistência, ajudar, auxiliar”: “O médico assiste o paciente”; “O advogado assiste o cliente”.

98. A dúvida é: Todos anseiam pela chegada do produto no ou ao mercado?
A resposta é: Todos anseiam pela chegada do produto ao mercado.
Toda chegada sempre se dá “a algum lugar”, e não “em algum lugar”, como se diz coloquialmente. Portanto, em textos formais, devemos dizer que “tudo aconteceu após sua chegada ao Brasil”, e não “após sua chegada no Brasil”.
Segundo o rigor da gramática tradicional, essa regra vale para os verbos que indiquem movimento: chegar, ir, retornar, dirigir-se… Assim sendo, deveríamos dizer: “O advogado ainda não chegou ao escritório”; “Ela não vai mais à sua casa”; “Ele certamente retornará ao lar”.

99. A dúvida é: Andou através ou através de campos e florestas?
A resposta é: Andou através de campos e florestas.
A locução prepositiva é através de. Assim sendo não devemos usar através sem a preposição de a seguir.
Na sua origem, através de apresenta a ideia de atravessar: “através dos campos”, “através dos séculos”. Hoje em dia, porém, a locução através de é muito usada com o sentido de “por meio de, por intermédio de”: “Recebeu a notícia através da internet”; “O gol da vitória foi marcado através de Ronaldinho”. Há quem aceite, há quem condene. Se você preferir, pode perfeitamente substituir através de pela preposição por: “Recebeu a notícia pela internet”; “O gol da vitória foi marcado por Ronaldinho”.

100. A dúvida é: Foram levá-lo em ou a domicílio?
A resposta é: Foram levá-lo a domicílio.
Se você leva, leva alguma coisa (=objeto direto) a algum lugar (=adjunto adverbial de lugar). Ninguém leva alguma coisa “em algum lugar”. LEVAR é um verbo que denota “movimento”: ir a algum lugar, chegar a algum lugar, dirigir-se a algum lugar, levar alguém a algum lugar…
Não devemos confundir “levar alguém a algum lugar” com “entregar alguma coisa a alguém em algum lugar”: “Foram entregar o presente (=objeto direto) aos noivos (=objeto indireto) em domicílio (=adjunto adverbial de lugar). Toda entrega é feita “em” algum lugar: “Fazemos entregas em casa”; “Neste hotel, as entregas devem ser feitas na recepção. Não fazemos entregas no quarto do hóspede”; “Nosso restaurante oferece entregas no seu escritório”. Assim sendo, o mais coerente é “entregas em domicílio”.

101. A dúvida é: Estamos à ou a disposição para mais esclarecimentos?
A resposta é: Estamos à disposição para mais esclarecimentos.
O acento grave indicativo da crase se faz necessário porque temos a preposição “a” mais o artigo definido “a”, que antecede o substantivo feminino disposição. A prova de que ocorre a crase (a+a=à) é que, se fosse um substantivo masculino, teríamos “ao” (a+o): “Estamos ao dispor para mais esclarecimentos”.
O acento da crase se tornaria facultativo se, antes do substantivo feminino, houvesse um pronome possessivo: “Estamos a sua disposição ou à sua disposição”. A novidade, para quem não sabe, é que o uso de artigos definidos antes de pronomes possessivos é facultativo, podemos usar ou não: “Este é meu carro” ou “Este é o meu carro”; “Estamos a seu dispor” ou “Estamos ao seu dispor”.

86. A dúvida é: Se você vir ou vier, eu também virei?
A resposta é: Se você vier, eu também virei.
A conjunção condicional “se” pede o verbo no futuro do subjuntivo. Vir é o infinitivo, e o futuro do subjuntivo do verbo vir é “vier”, portanto, o certo é “se você vier”.

87. A dúvida é: O carioca prefere mais ir à praia do que ou a trabalhar?
A resposta é: O carioca prefere ir à praia a trabalhar.
Primeiro, ninguém prefere menos. Basta preferir. “Preferir mais” é um pleonasmo, do tipo “subir pra cima”, “entrar pra dentro”, “ambos os dois” e outros mais.
E quem prefere PREFERE alguma coisa a outra. O correto é “o carioca prefere ir à praia a trabalhar”.

88. A dúvida é: Devemos obedecer o ou ao regulamento?
A resposta é: Devemos obedecer ao regulamento.
É uma velha dúvida. Muitas vezes, não sabemos se devemos ou não usar a preposição A, se o verbo é transitivo direto ou indireto. Sugiro uma boa consulta aos nossos dicionários. O verbo OBEDECER, por exemplo, é transitivo indireto; o correto, portanto, é “obedecer ao regulamento”.
Para quem faz concursos e a consulta aos dicionários é proibida, sugiro muitos exercícios ou, talvez, uma boa “decoreba”.Veja o perigo: você termina a leitura deste texto, pega um carro e na primeira esquina encontra uma “bela” placa – “OBEDEÇA O SINAL”. Deve ser por isso que ninguém obedece. O certo é “OBEDEÇA AO SINAL”.

89. A dúvida é: O espetáculo agradou o ou ao público que compareceu ao Canecão?
A resposta é: O espetáculo agradou ao público que compareceu ao Canecão.
O verbo AGRADAR, no sentido de “ser agradável, ter agradado, deixar satisfeito…”, é transitivo indireto. A regência exige a preposição A: “O jogo agradou ao torcedor.”
O verbo AGRADAR é transitivo direto (sem preposição) quando usado no sentido de “fazer agrado”. Você, cara leitora, pode “agradar seu namorado” (com carícias ou com um presente).
Observe o perigo da frase “Nós agradamos os nossos clientes ou aos nossos clientes”. Se a ideia é de fazer agrado com brindes e promoções, use “Nós agradamos os nossos clientes”. Se a ideia, entretanto, é a de agradar graças à qualidade dos produtos ou serviços, use “Nós agradamos aos nossos clientes”.
A partir de hoje, portanto, toda secretária tem total consciência da diferença entre “agradar ao chefe” e “agradar o chefe”. Ela decide.

90. A dúvida é: Sua decisão desagradou o ou ao presidente?
A resposta é: Sua decisão desagradou ao presidente.
Os verbos agradar e desagradar são transitivos indiretos. Isso significa que o uso da preposição “a” é obrigatório: “O espetáculo agradou ao público”; “O jogo agradou aos torcedores”; “A peça agradou à plateia”; “Isto tudo desagrada aos dirigentes”; “Sua resposta desagradou à diretoria”…

91. A dúvida é: Falava da nomeação de Otávio Guedes como ou para subsecretário?
A resposta é: Falava da nomeação de Otávio Guedes para subsecretário.
O uso das preposições sempre requer cuidados especiais. Ninguém é nomeado “como”. Toda pessoa é nomeada “para” alguma coisa. É importante lembrar que “como” não é preposição. No caso de nomear ou indicar, fica clara a ideia de “finalidade”, por isso a preposição indicada é “para”: “Ele foi nomeado para subsecretário” e “Ela foi indicada para gerente”.

92. A dúvida é: Ela lembrava as ou das festas com muito carinho?
A resposta é: Ela lembrava as festas com muito carinho OU Ela se lembrava das festas com muito carinho.
Nós temos duas opções: lembrar ou lembrar-se. A diferença é a regência. Lembrar é um verbo transitivo direto: “Ela lembrava as datas com carinho”; Lembrar-se (a forma pronominal) é transitivo indireto: “Ela se lembrava das festas“. Em outras palavras: se você lembra, lembra alguma coisa (=objeto direto); se você se lembra, lembra-se de alguma coisa (=objeto indireto).
O mesmo caso acontece com o verbo esquecer. Você pode esquecer alguma coisa ou esquecer-se de alguma coisa: “Ele esqueceu os documentos” ou “Ele se esqueceu dos documentos“.
No caso do verbo precisar, temos um problema diferente. Precisar de (=transitivo indireto) é sinônimo de “necessitar”; precisar (=transitivo direto) significa “ser preciso, determinar, marcar, fixar”. É importante que fique bem clara a diferença: 1. “Ele não precisava da quantia que lhe foi emprestada”, ou seja, ele não necessitava do dinheiro; 2. “Ele não precisava a quantia a ser emprestada”, isto é, ele não determinava a quantia a ser emprestada, ou seja, não definia o valor da quantia.

93. A dúvida é: Ele torce muito pelo ou para o Flamengo?
A resposta é: Ele torce muito pelo Flamengo.
Certo mesmo ele estaria se torcesse pelo Fluminense ou pelo Internacional. O importante é que você saiba que não se torce “para”. Sempre torcemos “por” alguma coisa.
Outro erro que ouvimos frequentemente no meio esportivo é o tal de “o torneio será decidido no saldo de gols”. O correto é decidir o torneio pelo saldo de gols. É importante lembrar também que se vence, perde ou empata “por” qualquer placar. O correto, portanto, é dizer que “venceu por três a zero”, “perdeu por dois a um” e “empataram por zero a zero”.

79. A dúvida é: Ele não vai respeitar quem se opor ou opuser?
A resposta é: Ele não vai respeitar quem se opuser.
O verbo OPOR deve ser usado no futuro do subjuntivo, e não no infinitivo. Vejamos outros exemplos: verbo fazer – quem fizer; querer – quem quiser; trazer – quem trouxer; saber – quem souber; dizer – quem disser…

80. A dúvida é: Eles ainda não reaveram ou reouveram o dinheiro roubado?
A resposta é: Eles ainda não reouveram o dinheiro roubado.
Na hora de usar o verbo reaver, sempre surge esta dúvida: é “reaveram” ou “reaviram”? É a famosa dúvida do nada com coisa alguma. O verbo reaver significa “recuperar”, ou seja, é “haver de novo”. É, portanto, derivado do verbo haver. Deve seguir a conjugação do verbo haver. O pretérito perfeito do indicativo do verbo haver é: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes e houveram. Assim sendo, o verbo reaver fica: eu reouve, tu reouveste, ele reouve, nós reouvemos, vós reouvestes e eles reouveram.

81. A dúvida é: Neste momento, viemos ou vimos informar-lhes as novas decisões da diretoria?
A resposta é: Neste momento, vimos informar-lhes as novas decisões da diretoria.
Neste momento significa “agora”. Devemos, portanto, usar o verbo vir no presente do indicativo, e não no pretérito perfeito. A forma viemos é do pretérito perfeito do indicativo: eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos, vós viestes e eles vieram. O presente do indicativo do verbo vir é: eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes e eles vêm.
A forma vimos pode ser presente do indicativo do verbo vir ou pretérito perfeito do verbo ver: “Vimos, por meio desta, comunicar-lhes as alterações ocorridas no nosso calendário” (vimos = presente indicativo do verbo vir); “Ontem nós vimos o jogo pela televisão” (vimos = pretérito perfeito do indicativo do verbo ver).

82. A dúvida é: Quando corro, eu soo ou suo muito?
A resposta é: Quando corro, eu suo muito.
Não podemos confundir os verbo suar com soar. Suar vem de suor, e soar vem de som. Se você corre muito e produz suor, você sua. Soar é produzir som. Se o corredor prender uma sineta na perna, aí soa. O verbo soar só necessita da terceira pessoa: a campainha soa, os sinos soam. O verbo suar, no presente do indicativo, fica: eu suo, tu suas, ele sua, nós suamos, vós suais, eles suam.

83. A dúvida é: É preciso que você reaveja ou recupere os seus documentos?
A resposta é: É preciso que você recupere os seus documentos.
O verbo reaver não deriva do verbo “ver”, como parece. Reaver é “haver de novo”. Deriva, portanto, do verbo haver. E deve, por isso, seguir o verbo haver. Acontece que o verbo reaver só “existe” nas formas em que o verbo haver apresenta a letra “v”: havemos – reavemos; havia – reavia; houve – reouve; haverá – reaverá; houver – reouver… No presente do indicativo, o verbo haver é: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis e eles hão. Assim sendo, o verbo reaver só tem as 1ª e 2ª pessoas do plural: nós reavemos e vós reaveis. Como o presente do subjuntivo é derivado da 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, a forma “que eu reaveja” não existe. Portanto, temos duas soluções: 1a) trocar o verbo reaver por um sinônimo: “É preciso que você recupere os seus documentos”; 2a) usar uma expressão equivalente: “É preciso que você consiga reaver os seus documentos”.
Outro verbo que merece atenção é “precaver-se”. Parece derivado de “ver”, mas não é. Além disso, é um verbo defectivo, ou seja, apresenta falhas: nos tempos do presente, só tem a 1ª pessoa do plural (nós nos precavemos) e a 2ª pessoa do plural (vós vos precaveis) do presente do indicativo. As chamadas formas rizotônicas (=1ª, 2ª e 3. pessoas do singular e a 3ª pessoa do plural) não existem. O presente do subjuntivo, por ser derivado da 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não apresenta pessoa alguma. Assim sendo, formas como “eu me precavejo” e “que ele se precavenha” simplesmente não existem. Somos obrigados a usar um verbo sinônimo ou expressão equivalente: “eu tomo cuidado”, “que ele se previna”…

84. A dúvida é: Só acreditarei se a galinha pôr ou puser os ovos?
A resposta é: Só acreditarei se a galinha puser os ovos.
Não devemos confundir o infinitivo (pôr) com a forma do futuro do subjuntivo (puser). As orações condicionais (iniciadas pela conjunção “se”) e temporais (iniciadas pela conjunção “quando”) pedem o verbo no futuro do subjuntivo: se eu puser, quando você fizer, se nós dissermos, quando ele for…
No caso do verbo pôr, é importante lembrar que a regra também se aplica aos derivados: depor, dispor, compor, repor, impor… Assim sendo, o correto é “quando ele depuser na CPI”, “se eu dispuser de tempo”, “quando eles compuserem o samba”, “quando ele repuser o dinheiro”, “se o zagueiro não se impuser em campo”…

85. A dúvida é: Ainda que o caso não é ou seja de emergência, é preciso agir rapidamente?
A resposta é: Ainda que o caso não seja de emergência, é preciso agir rapidamente.
A conjunção concessiva “ainda que” pede o verbo no subjuntivo: “ainda que seja, tenha, faça, diga, vá, venha…” É importante lembrar que o modo subjuntivo indica “suposição, hipótese, desejo…”, e o modo indicativo deve ser usado para o real: “Ele é, tem, faz, diz, vai, vem…”

73. A dúvida é: Vamos estar depositando ou depositaremos seu pagamento hoje à tarde?
A resposta é: Depositaremos seu pagamento hoje à tarde.
Devemos evitar o modismo de usar o gerúndio como ação futura. O gerúndio denota “continuidade de ação”: “Passamos dois dias analisando sua proposta”; “Estamos desenvolvendo um novo projeto para sua empresa”; “Passo horas lendo”.
No caso de “vamos estar depositando”, chego a imaginar que o pagamento vai ser feito em moedinhas, pois passará toda a tarde “depositando”…
O “gerundismo” é mais um vício que se propagou principalmente pelos profissionais que trabalham com teleatendimento. Lá é tudo na base do “Quem deseja?”; “Não se encontra”; “Com certeza”; “Vamos estar providenciando”; “Vou estar retornando”…

74. A dúvida é: O empregado tinha chego ou chegado atrasado?
A resposta é: O empregado tinha chegado atrasado.
O particípio do verbo chegar é chegado, assim como o particípio de trazer é trazido. A tal história do “ele tinha trago os documentos” é inaceitável. O correto é “ele tinha trazido os documentos”.
“O Tabajara tinha ganho ou tinha ganhado três partidas seguidas”? O Tabajara Futebol Clube ganhar uma partida já é difícil. Que dirá três partidas seguidas! Quanto à língua portuguesa, entretanto, as duas frases são corretas, pois o verbo ganhar apresenta os dois particípios: ganho e ganhado.

75. A dúvida é: Meu avô aposentou ou se aposentou muito cedo?
A resposta é: Meu avô se aposentou muito cedo.
O verbo aposentar-se é pronominal, é um verbo essencialmente reflexivo: a pessoa se aposenta. É o mesmo caso de arrepender-se, esforçar-se, dignar-se e tantos outros. Observe que eu não posso “arrepender alguém” ou “esforçar outra pessoa”. Eu só posso me arrepender ou me esforçar.
No caso do verbo aposentar-se, existe a possibilidade de ser usado sem o pronome reflexivo. É quando você pratica a ação de “aposentar alguma coisa”: “Finalmente o craque aposentou as chuteiras”; “O grande poeta aposentou a caneta”.
É um caso semelhante ao dos verbos casar e casar-se: “Ele se casou com a vizinha”; “O juiz casou os dois ontem mesmo”.

76. A dúvida é: Ela fez de tudo para vim ou vir no meu programa?
A resposta é: Ela fez de tudo para vir no meu programa.
Não devemos confundir a forma verbal vim com o infinitivo vir. Só podemos usar a forma vim, quando o verbo estiver na 1ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: “Faz mais de vinte anos que eu vim para o Rio de Janeiro”. O pretérito perfeito do indicativo do verbo vir fica assim: eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos, vós viestes, eles vieram.
No português falado no Brasil, é frequente substituirmos a forma simples do futuro do indicativo (= farei, tratará, proporemos, quererão) pela forma composta, que usa o verbo ir como auxiliar (= vou fazer, vai tratar, vamos propor, vão querer). Até aí não há nada de errado. O problema ocorre quando precisamos usar o verbo vir no futuro. Em vez de “eu vou vir”, ouvimos muito um tal de “vou vim”. Assim, não dá! A forma “vou vim” é totalmente inaceitável. Na dúvida, em vez de “eu vou vir”, prefira “eu virei”.

77. A dúvida é: Eles ainda não comporam ou compuseram o samba deste ano?
A resposta é: Eles ainda não compuseram o samba deste ano.
O verbo compor é derivado do verbo pôr. Os verbos derivados devem seguir os verbos primitivos. Assim sendo, se o verbo pôr é irregular, todos os derivados (compor, expor, dispor, repor, antepor, contrapor…) deverão apresentar as mesmas irregularidades do verbo primitivo. Se a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo pôr é “eu ponho”, os derivados ficarão: eu componho, exponho, disponho, reponho, anteponho, contraponho… Se o verbo pôr, na 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo, fica “eles puseram”, o certo será: eles compuseram, expuseram, repuseram…
O verbo requerer parece ser derivado do verbo querer, mas não é. Requerer não é “querer de novo”. Nos tempos do pretérito, o verbo requerer é regular. Não segue, portanto, as irregularidades do verbo querer. O pretérito perfeito do indicativo do verbo querer é: eu quis, tu quiseste, ele quis, nós quisemos, vós quisestes e eles quiseram. O verbo requerer, por ser regular, fica: eu requeri, tu requereste, ele requereu, nós requeremos, vós requerestes e eles requereram. Isso significa que na frase “o aluno requis isenção de matrícula” o verbo está mal usado. O certo é “o aluno requereu isenção de matrícula”.

78. A dúvida é: O juiz não tinha intervido ou intervindo no caso?
A resposta é: O juiz não tinha intervindo no caso.
O verbo intervir é derivado do verbo vir. Deve, por isso, seguir a conjugação do verbo vir. O verbo vir é o único cuja forma do particípio é igual à do gerúndio: “Ele estava vindo às aulas” (=gerúndio) e “Ele tinha vindo às aulas” (=particípio). Assim sendo, os verbos derivados de vir (advir, convir, provir, intervir…) apresentam a mesma curiosidade: “Ele estava intervindo no caso” (=gerúndio) e “Ele tinha intervindo no caso” (=particípio).
Se o verbo intervir é derivado do vir, deverá seguir a sua conjugação em todos os tempos verbais: eu venho, nós vimos – eu intervenho, nós intervimos (=presente do indicativo); eu vim, nós viemos, ele veio, eles vieram – eu intervim, nós interviemos, ele interveio, eles intervieram (=pretérito perfeito do indicativo); se ele viesse – se ele interviesse (=pretérito imperfeito do subjuntivo); se ele vier – se ele intervier (=futuro do subjuntivo)…

68. A dúvida é: Fui eu que fez ou fiz o trabalho?
A resposta é: Fui eu que fiz o trabalho.
Quando o sujeito for o pronome relativo “que”, o verbo deve concordar com o antecedente: “Fui eu que fiz”; “Foste tu que fizeste”; “Foi ele que fez”; “Fomos nós que fizemos”; “Fostes vós que fizestes”; “Foram eles que fizeram”; “Este é o empregado que fez o trabalho” e “Estes são os empregados que fizeram o trabalho”.
Com o pronome “quem”, a concordância deve ser feita na 3ª. pessoa do singular: “Fui eu quem fez o trabalho”, ou seja, “Quem fez o trabalho fui eu”.
Alguns autores aceitam duas opções: “Fui eu quem fiz o trabalho” ou “Fui eu quem fez o trabalho”. O verbo pode concordar com o antecedente (eu quem fiz) ou na 3ª pessoa do singular concordando com o pronome “quem” (eu quem fez). No Brasil, a preferência é a concordância com o antecedente quando está no plural (=”Fomos nós quem fizemos o trabalho”) e na 3ª pessoa do singular quando o antecedente está no singular (=”Fui eu quem fez o trabalho”).
Estaria correto dizer “hoje quem paga é eu”? Essa não. “Hoje quem paga sou eu” e “Hoje sou eu que pago” são duas maneiras corretas de se dizer a mesma mentira…

69. A dúvida é: O diretor hesitou ou exitou, mas assinou o contrato?
A resposta é: O diretor hesitou, mas assinou o contrato.
Diante de tanta hesitação, é possível que o diretor não alcance o êxito desejado. O verbo hesitar (= ficar indeciso, vacilar, titubear) deve ser escrito com “h” e “s”. O substantivo êxito (= resultado, efeito) não tem “h”, mas deve ser escrito com “x” e com acento circunflexo.
Pior mesmo é se, em vez de hesitado, o diretor tivesse ficado “excitado” na hora de assinar o contrato. Para evitar futuras confusões, anote aí: êxito (=sucesso, efeito); hesitar (=vacilar, titubear); excitar (=exaltar, estimular).

70. A dúvida é: As lentes dos seus óculos eram verde-escuras ou verdes-escuras?
A resposta é: As lentes dos seus óculos eram verde-escuras.
Quando o adjetivo é composto, somente o último elemento se flexiona (=vai para o feminino e para o plural): “São questões técnico-científicas”; “Literatura luso-brasileira”; “Problemas sociopolítico-econômicos”; “Candidatos social-democratas”; “Cultura greco-latina”; “Blusas azul-claras”…
As cores compostas só fazem plural quando o segundo elemento é adjetivo (“claro” ou “escuro”, por exemplo): “lentes verde-escuras” e “blusas azul-claras”, “camisas verde-amarelas”.
Quando o segundo elemento for um substantivo exercendo a função de um adjetivo, a palavra torna-se invariável, ou seja, não apresenta flexão nem de gênero nem de número: “calças verde-garrafa, verde-oliva, verde-musgo”; “camisas azul-piscina, azul-céu, azul-mar”; “blusas amarelo-ouro, vermelho-sangue, marrom-bombom”…

71. A dúvida é: Seria necessário que o Brasil mantesse ou mantivesse o empate?
A resposta é: Seria necessário que o Brasil mantivesse o empate.
O verbo MANTER é derivado do verbo TER. O pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo TER é: se eu TIVESSE, se tu TIVESSES, se ele TIVESSE, se nós TIVÉSSEMOS, se vós TIVÉSSEIS, se eles TIVESSEM. Todos os verbos derivados – MANTER, DETER, RETER, ENTRETER, CONTER … – devem seguir a conjugação do verbo primitivo: se eu MANTIVESSE, se tu DETIVESSES, se ele CONTIVESSE, se eles RETIVESSEM …
Portanto, as formas ”mantesse, detesse, retesse, contesse…” simplesmente não existem.
Certa vez li num bom jornal: “Policiais não deteram os criminosos.” Deve ser por isso que eles fogem. Não existe a forma “DETERAM”.
Na verdade “Policiais não DETIVERAM os criminosos.” A explicação é a mesma que foi dada acima: DETER é derivado do verbo TER. A 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo é “eles TIVERAM”. Os verbos derivados devem seguir o verbo TER: “eles DETIVERAM, MANTIVERAM, RETIVERAM…”

72. A dúvida é: Se não chovesse, eu ia ou iria ao jogo?
A resposta é: Se não chovesse, eu iria ao jogo.
Temos aqui a troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito do indicativo. É frequente ouvirmos: “Se não chovesse, eu ia ao jogo” e “Se fosse permitido, eu fazia o trabalho.” É importante lembrar que há uma correspondência entre o pretérito imperfeito do subjuntivo (=chovesse, fosse) com o futuro do pretérito do indicativo (=iria, faria). Deveríamos, portanto, dizer: “Se não chovesse, eu iria ao jogo” e “Se fosse permitido, eu faria o trabalho.”
Na minha opinião, não devemos reduzir o problema a uma simples discussão de certo ou errado. Na verdade, o uso do pretérito imperfeito do indicativo (=ia, fazia, devia), em substituição ao futuro do pretérito do indicativo (=iria, faria, deveria), é comum em Portugal e também é uma característica da linguagem coloquial brasileira (=linguagem informal), mas é bom evitar em textos formais.

73. A dúvida é: Os produtos provém ou provêm da Argentina?
A resposta é: Os produtos provêm da Argentina.
Na 3a pessoa do singular do presente do indicativo de todos os verbos derivados do verbo vir (= provir, intervir, advir, convir…), devemos usar o acento agudo: ele provém, intervém, advém, convém; na 3a pessoa do plural, devemos usar o acento circunflexo: eles provêm, intervêm, advêm, convêm.
A forma provem (=sem acento gráfico) é 3a pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo provar: “Eu quero que vocês me provem o que estão dizendo”. Existe ainda a forma proveem (=3a pessoa do plural do presente do indicativo do verbo prover): “Eles se proveem do necessário”. Prover significa “abastecer, fornecer”. Então, não esqueça: (1) ele provém (verbo provir); (2) eles provêm (verbo provir); (3) que eles provem (verbo provar); (4) eles proveem (verbo prover).

62. A dúvida é: Ou eu ou você teremos ou terá de viajar na próxima semana?
A resposta é: Ou eu ou você terá de viajar na próxima semana.
Quando repetimos a conjunção “ou” (=ou…ou), é para ficar clara a ideia de exclusão, ou seja, somente um vai viajar: se eu for, você não vai; se você for, eu não vou. Nesse tipo de construção, não existe a possibilidade de “nós” viajarmos. Quando o sujeito composto apresenta essa ideia de exclusão, o verbo deve concordar com o núcleo mais próximo. Veja as duas possibilidades: “Ou eu ou você terá de viajar” e “Ou você ou eu terei de viajar”.
Não havendo a ideia de exclusão, ou seja, havendo três possibilidades (= ou eu, ou você, ou nós), o verbo pode concordar no plural: “Eu ou você talvez tenhamos de viajar na próxima semana”. Nesse caso, não podemos repetir a conjunção alternativa “ou”.
Existe ainda outra interpretação: “O pintor ou o escultor merecem igualmente o prêmio”. Nesse caso, o uso do verbo no plural é obrigatório porque a conjunção “ou” apresenta uma ideia aditiva (=e): “O pintor e o escultor merecem igualmente o prêmio”. Se é “igualmente”, é porque os dois merecem o prêmio.

63. A dúvida é: Nas ou nos milhares de linhas que escrevi?
A resposta é: Nos milhares de linhas que escrevi.
Milhar é um substantivo masculino. Isso significa que artigos, numerais, pronomes ou adjetivos que se refiram a ele deverão concordar no masculino: aos milhares, dois milhares, aqueles milhares…
O substantivo coma também é masculino, portanto o correto é “saiu do coma”, “entrou em coma alcoólico”.

64. A dúvida é: Após a feijoada comeu um ou uma musse?
A resposta é: Após a feijoada comeu uma musse.
A musse, palavra de origem francesa já aportuguesada, é do gênero feminino. O mesmo ocorria com omelete. O certo era a omelete, mas as novas edições de nossos principais dicionários registram também a forma masculina: a omelete ou o omelete.
O certo é a moral ou o moral? Nesse caso, temos outro tipo de problema. A palavra moral pode ser masculina ou feminina. Depende do significado. A moral (gênero feminino) é o conjunto de normas de conduta, os princípios que regem os bons costumes: “Isso faz parte da moral cristã”. Também pode ser a conclusão que se tira como norma: “Qual é a moral da história?”. O moral (gênero masculino) é o ânimo, o entusiasmo: “É preciso levantar o moral dos jogadores”. Se “o moral está baixo”, é porque há muito desânimo; se “a moral está baixa”, é porque a degradação moral é grande.

65. A dúvida é: Todos os nossos cidadãos ou cidadões merecem respeito?
A resposta é: Todos os nossos cidadãos merecem respeito.
As palavras terminadas em “ão”, de acordo com a sua origem, podem fazer plural em “ãos”, “ões” ou “ães”. Vejamos alguns exemplos: irmão/irmãos, cristão/cristãos, bênção/bênçãos; peão/peões, limão/limões, mamão/mamões; pão/pães, capitão/capitães, escrivão/escrivães…
Existem palavras que admitem duas formas no plural. A palavra corrimão é derivada de mão, cujo plural é mãos. Assim sendo, o plural original de corrimão é corrimãos. Hoje em dia, entretanto, o uso consagrou a forma corrimões, que já é perfeitamente aceitável. Inaceitável seria a forma “corrimães”. Nem ficaria bem ficar “correndo mães” por aí…

66. A dúvida é: Este jardim está cheio de florzinhas ou florezinhas?
A resposta é: Este jardim está cheio de florezinhas ou florzinhas.
A regra de formação do plural de palavras no diminutivo manda pluralizar a palavra primitiva antes de colocar o sufixo diminutivo com a desinência -S do plural: PAPEL > PAPÉIS > PAPEIZINHOS; ANIMAL > ANIMAIS > ANIMAIZINHOS; PÃO > PÃES > PÃEZINHOS; BALÃO > BALÕES > BALÕEZINHOS.
Com as palavras terminadas em “r”, aceitam-se as duas formas: FLOR > FLORES > FLOREZINHAS ou FLORZINHAS (que é a mais usada); BAREZINHOS ou BARZINHOS.

67. A dúvida é: Descobriu tudo em nossos bates-papos ou bate-papos?
A resposta é: Descobriu tudo em nossos bate-papos.
Quando o primeiro elemento das palavras compostas for verbo, somente o segundo deve ir para o plural: arranha-céus, bate-papos, guarda-chuvas, lança-perfumes, mata-borrões, para-brisas, porta-bandeiras, quebra-cabeças, salva-vidas, vira-latas…
Não devemos confundir o plural de guarda-chuva com o de guarda-civil. (1) Em guarda-chuva, guarda é verbo e chuva é substantivo. Nesse caso, somente o substantivo vai para o plural: guarda-chuvas. Estão na mesma situação: guarda-louças, guarda-roupas, guarda-pós, guarda-sóis…(2) Em guarda-civil, guarda é substantivo e civil é adjetivo. Nesse caso, os dois vão para o plural: guardas-civis. Seguem a mesma regra: guardas-noturnos, guardas-florestais…

55. A dúvida é: Começará a ser divulgado ou começarão a ser divulgados, a partir da próxima semana, os resultados do vestibular?
A resposta é: Começarão a ser divulgados, a partir da próxima semana, os resultados do vestibular.
O verbo deve ir para o plural para concordar com o seu sujeito (=os resultados do vestibular). É uma dúvida de concordância que ocorre muito frequentemente quando o sujeito aparece posposto, ou seja, depois do verbo. Dificilmente alguém erraria se o sujeito estivesse antes do verbo: “Os resultados do vestibular começarão a ser divulgados a partir da próxima semana”.
Há quem tenha outra dúvida: “Os resultados começarão a ser ou serem divulgados”? Numa locução verbal, quem se flexiona para concordar com o sujeito é o primeiro verbo: “Eles devem divulgar os resultados”; “Eles podem ser aprovados“; “Os resultados começarão a ser divulgados“.
Nas orações reduzidas de infinitivo, o verbo ser pode ir para o plural: “Estas são as medidas a ser ou serem tomadas“; “Aqui estão os exercícios para ser ou serem feitos“. Nas orações reduzidas, temos um caso de concordância facultativa.

56. A dúvida é: O motivo da revolta é ou são as multas?
A resposta é: O motivo da revolta são as multas.
Quando o sujeito está no singular (= o motivo da revolta) e o predicativo do sujeito (= as multas) está no plural, o verbo ser concorda no plural: “O resultado da pesquisa são números assustadores”; “Sua esperança são apenas hipóteses”.
Se invertermos a posição do sujeito com a do predicativo, o verbo ser deverá continuar no plural: “As multas são o motivo da revolta”; “Estes dados são o resultado da pesquisa”.

57. A dúvida é: A alta do dólar, somado ou somada aos prejuízos, causou sérios problemas na nossa economia?
A resposta é: A alta do dólar, somada aos prejuízos, causou sérios problemas na nossa economia.
O que está sendo somado aos prejuízos não é o dólar, e sim a alta do dólar, ou seja, a concordância deve ser feita no feminino.
Se os prejuízos fossem somados à alta do dólar, a concordância deveria ser feita no masculino plural, ou seja, o correto é “Somados os prejuízos à alta do dólar…”
58. A dúvida é: Um total de mais de 80 mil pessoas participaram ou participou do evento?
A resposta é: Um total de mais de 80 mil pessoas participou do evento.
Em concordância verbal, a regra é sempre a mesma: o verbo deve concordar em pessoa e número com o sujeito. Neste exemplo, o sujeito do verbo participar é “um total de mais de 80 mil pessoas”. É um caso de sujeito simples cujo núcleo é o substantivo “total”, que está no singular. Daí a concordância lógica do verbo no singular: “Um total…participou”.
Caso não houvesse a palavra “total”, ou seja, se o sujeito da oração fosse “mais de 80 mil pessoas”, o núcleo do sujeito passaria a ser “pessoas”, e a concordância deveria ser feita no plural: “Mais de 80 mil pessoas participaram do evento”.
59. A dúvida é: O presidente, assim como seus assessores, desistiram ou desistiu do projeto?
A resposta é: O presidente, assim como seus assessores, desistiu do projeto.
Quando o sujeito aparece ligado por assim como, o verbo concorda com o primeiro: “O filho, assim como o pai, é advogado”; “O cinema nacional, assim como o teatro, está em busca de novos patrocinadores.”
Para quem não gostou da concordância do verbo no singular, existe uma solução bem simples. É só substituir o “assim como” pela conjunção aditiva “e”. Assim o problema estaria resolvido, porque o verbo teria de concordar obrigatoriamente no plural: “O presidente e seus assessores desistiram do projeto”; “O filho e o pai são advogados“; “O cinema nacional e o teatro estão em busca de novos patrocinadores”.

60. A dúvida é: Solicitou ao gerente que não os ajudassem ou ajudasse?
A resposta é: Solicitou ao gerente que não os ajudasse.
O sujeito do verbo ajudar é o pronome relativo “que”, que está substituindo o seu antecedente (=o gerente). Quando o sujeito do verbo é o pronome relativo “que”, o verbo deve concordar com o antecedente: “…os gerentes que compareceram à reunião…”; “…o gerente que ajudasse os empregados…”
Mesmo quando o pronome pessoal oblíquo (=os, as, nos) exerce a função de sujeito do infinitivo, o verbo deve concordar no singular: “O diretor mandou-os sair de sala”; “Ele não as deixou falar“; “O presidente precisa nos ouvir cantar“.

61. A dúvida é: Aconteceram ou aconteceu, durante o último verão, um grande número de acidentes nesta estrada?
A resposta é: Aconteceu, durante o último verão, um grande número de acidentes nesta estrada.
O que verdadeiramente aconteceu foi um grande número de acidentes. Rigorosamente, o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito (=número), que está no singular. É bom lembrar que alguns estudiosos já aceitam a concordância ideológica no plural, ou seja, o verbo estaria concordando com a ideia plural de “grande número” ou com “acidentes”. Entretanto, é importante salientar que a concordância no singular é aceita por todos e indiscutivelmente correta.
Quanto à frase “Houve um grande número de acidentes nas costas brasileiras“, não há discussão. Está errada. Quem tem “costas” sou eu, que vivo com dor nas costas. O Brasil, como qualquer país que tenha litoral, tem costa. Portanto, os acidentes aconteceram na costa brasileira.

50. A dúvida é: Lugares haviam ou havia, mas faltava ou faltavam torcedores?
A resposta é: Lugares havia, mas faltavam torcedores.
Pelo visto, “aulas de concordância havia, mas faltavam alunos”. As regras de concordância mandam o verbo concordar com o sujeito. No caso do verbo faltar, o sujeito é “torcedores”. Como o sujeito está no plural, o verbo deve concordar: “faltavam torcedores”. Quanto ao verbo haver, o problema é outro. O verbo haver, quando usado com o sentido de “existir”, torna-se impessoal, isto é, sem sujeito. Por isso, deve ser usado sempre no singular. Da mesma forma que dizemos “há lugares” (e não “hão” lugares), devemos dizer “havia lugares”, “houve acidentes”, “haverá problemas”…
“Faltavam torcedores, mas faltava convidar mais torcedores.” Em “faltavam torcedores”, o verbo deve concordar no plural porque o sujeito (=torcedores) está no plural. No caso de “faltava convidar mais torcedores”, o sujeito do verbo faltar é “convidar mais torcedores”. Trata-se de uma oração devido à presença do verbo convidar. Quando o sujeito de um verbo é uma oração, a concordância deve ser feita no singular: “faltava convidar mais torcedores”; “basta conseguir três mil pontos”; “é necessário convocar onze craques”; “está faltando resolver duas questões”…

51. A dúvida é: Nós não nos víamos haviam ou havia dois anos?
A resposta é: Nós não nos víamos havia dois anos.
O verbo haver, quando usado em referência a tempo decorrido, é impessoal, ou seja, não há sujeito. Deve, por isso, permanecer numa forma não flexionada. Isso significa que não concorda (=não deve ser usado no plural). É interessante observar que no tempo presente ninguém seria tentado a usar o verbo no plural. Ninguém diria: “Nós não nos vemos hão dois anos”. Todos falam corretamente: “Nós não nos vemos há dois anos”. A mesma regra se aplica ao verbo fazer: “Não nos vemos faz dois anos” e “Não nos víamos fazia dois anos”.
Agora que nós já sabemos que os verbos haver e fazer (= em relação a tempo passado) só devem ser usados no singular, vamos aprender a diferença entre há e havia, faz e fazia. Devemos usar há ou faz, quando a idéia de tempo passado é em relação ao presente: “Nós não nos vemos (=presente) há (ou faz) dois anos”; devemos usar havia ou fazia, quando a idéia de tempo passado é em relação ao passado: “Nós não nos víamos (=passado) havia (ou fazia) dois anos”. É interessante observar uma diferença significativa: no primeiro caso, nós continuamos sem nos ver e o nosso último encontro ocorreu dois anos atrás; no segundo caso, significa que entre o penúltimo e o nosso último encontro (= ocorrido em algum tempo no passado) passaram-se dois anos.

52. A dúvida é: É ou são 1h50min?
A resposta é: É 1h50min.
Plural só a partir das duas: são 2h, são 3h, são 20h… Abaixo de duas é singular: é 1h, é 1h30min, é 0h.
Devemos dizer que “é 1h da tarde” e que “são 13 h”. Não importa se no relógio é a mesma hora. “Uma” é singular, e “treze” é plural. O certo é dizer “é uma e cinquenta, mas são dez para as duas” (é 1h50min = são 10 minutos para as 2h).
Quanto às abreviaturas, é importante lembrar que para “horas” devemos usar simplesmente “h” (minúsculo, sem “s” no plural e sem ponto), e para “minutos”, a abreviatura oficial é “min”. No meio jornalístico, por questão de espaço, também são adotadas as seguintes formas não oficiais: 1h50, 1h50m e 1:50h.
Como se faz a concordância do verbo “ser” em 12h30min? Ou você diz que “são doze horas e trinta minutos” ou então que “é meio-dia e meia”. “Doze horas” é plural (=são doze), mas “meio-dia” é singular (=é meio-dia).

53. A dúvida é: Ainda não se atingiu ou atingiram as metas estabelecidas pelo governo?
A resposta é: Ainda não se atingiram as metas estabelecidas pelo governo.
Certamente não é por culpa das nossas regras de concordância verbal que as metas não foram atingidas. A regra é clara: o verbo deve concordar em pessoa e número com o seu sujeito. No caso, devido à presença da partícula apassivadora “se”, a voz fica passiva e o sujeito é “quem sofre a ação verbal”, ou seja, “as metas estabelecidas pelo governo”. Assim sendo, o verbo deve concordar no plural: “ainda não se atingiram as metas”. É o mesmo que se dissesse que “as metas não foram atingidas”.
Na frase “O céu escurece e se ouve os primeiros relâmpagos”, temos dois problemas sérios: um é a falta de concordância e outro é essa estranha história de “ouvir” relâmpagos. Ou “se ouvem os primeiros trovões” ou “se vêem os primeiros relâmpagos”.
Quanto à concordância, é interessante observarmos que o plural é obrigatório, pois “os primeiros trovões são ouvidos” ou “os primeiros relâmpagos são vistos”. Trata-se de voz passiva sintética devido à presença da partícula apassivadora “se”.

54. A dúvida é: Tem ou têm acontecido coisas estranhíssimas?
A resposta é: Têm acontecido coisas estranhíssimas.
Temos aqui uma dúvida sutil de concordância verbal. A locução verbal “tem acontecido” deve concordar com o seu sujeito (=coisas estranhíssimas). Eu não posso dizer que “aconteceu coisas estranhíssimas”, e sim que “aconteceram coisas estranhíssimas”.
O problema é que o verbo ter merece uma atenção especial: tem (sem acento gráfico) é singular; têm (com acento circunflexo) é plural. Assim sendo, se o sujeito está no plural (=coisas estranhíssimas), o verbo deve concordar no plural: “Têm acontecido coisas estranhíssimas”.
Em “Tem havido coisas estranhíssimas”, o correto é sem acento. Em locuções verbais em que o verbo principal é o haver no sentido de “existir”, a concordância deve ser feita obrigatoriamente no singular. Da mesma forma que “houve coisas estranhíssimas”, “havia coisas estranhíssimas” e “haverá coisas estranhíssimas”, “tem havido, deve haver, poderá haver coisas estranhíssimas”.

A parábola do Desconhecido

A parábola do Desconhecido
É evidente que o fato das pessoas não gostar do desconhecido é mais freqüente, vemos isto muito bem quando vamos a um local publico e reparamos alguém diferente. A primeira coisa que vem em nosso pensamento é a rejeição.
Certo dia estava um senhor sentado em um banco de praça esperando o ônibus como o normal em uma cidade grande, então havia uma moça entre 15 a 17 anos de idade era o que parecia por seu modo de falar. Ela deixou cair um pedaço de papel, então o senhor foi avisar que ela deixou cair um papel. A moça reparando a roupa do senhor já estava o ignorando por esta parecendo ser mais velha pelo jeito quando o senhor a chamou ela para entregar o pedaço de papel que tinha caído. Então ela como o mais sagaz tomou o papel da mão do senhor. O senhor percebendo que ela mostrava desprezo por ele.
Ele então disse:
- Por que tanta agressividade porque eu estou te entregando este pedaço de papel?
A moça não disse nada ao senhor e continuou a ignorá-lo, ele disse a ela mais uma vez e ela continuou a ignorá-lo. Então o senhor se silenciou por algum tempo e depois começou a rir da moça dizendo:
-Risos! Hoje em dia não ouvimos da geração mais jovem nem um bom dia! Risos!
-Esses jovens...
Então a moça resolveu dizer:
-Obrigado por ter me devolvido o papel que o senhor encontrou no chão e peço desculpa por não ter respondido antes...
Disse então o senhor:
-Você não me respondeu antes por esta me julgando pelas minhas peças de roupas serem mais antigas e veja só as coisas que julgamos sempre nos surpreende, pois as pessoas não gostam do desconhecido e sempre acha que as coisas que são de boa aparência são sempre o que é certo. Mas não é sempre assim, D’us, por exemplo, ama todas as pessoas independentes se ela é boa ou ruim, de boa aparência ou não. Então você antes sentiu obrigada a me agradecer porque eu te cobrei.
Então a moça disse:
-Desculpa essa não foi a minha intenção...
O senhor disse:
-Por que você jovens pedem desculpas sempre que cometem um erro e não diz que foi por vontade? Mas foi sem intenção.
Então aquela moça ficou sem palavras e evitou a conversa com aquele senhor, mas aquele senhor disse a ela:
-Não sou a pessoa certa para esta te falando isto, pois sou uma pessoa errante nesta vida, mas tenho fé e obediência em D’us que me enviou para poder te dizerem que o gesto mais simples do ser humano tem uma importância. Não uma coisa melhor que um sorriso mesmo que você desconhece a pessoa, seja ela velha, suja e ignorante...
Aquela moça sem saber o que dizer começou a chorar e disse:
-Eu sempre achei que D’us tinha me abandonado por tudo que eu tenho feito.
Então o senhor disse a ela:
-Por mais que tudo você achas que um D’us que tudo vê irá abandonar alguém?
-Pois ele te conhece bem antes do teu nascimento e depois da tua morte.
A moça disse:
-Fala assim porque o conhece tão bem?
O senhor então disse a ela:
-Pois bem, então porque você questiona? Isso é claro que você negou o propósito que D’us tinha para você, mas então estou aqui para reafirmar este propósito e te digo com essas palavras o bonito nem é sempre bonito, pois não sabemos a tua procedência.
Então o senhor viu que o ônibus que ele aguardava chegava então ele embarcou e o ônibus partiu. Mas a moça ainda chorava.
A todos os leitores estes texto é para entendimento individual basta ler com o coração que Deus te dará a sabedoria e entendimento.
http://leitores-ad.blogspot.com/2010_12_01_archive.html

Páscoa

As origens do termo
A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem.
Entre as civilizações antigas
Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.
A Páscoa Judaica
Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.
Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.
A Páscoa entre os cristãos
Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março).
Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.
A História do coelhinho da Páscoa e os ovos
A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.



(Fonte desconhecida)

Narração

Narração
Sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.
O texto narrativo é baseado na ação que envolve: personagens, tempo, espaço e conflito.
Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.
Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:

Esquematizando temos: Apresentação; Complicação ou desenvolvimento; Clímax; Desfecho.

Protagonistas e Antagonistas - A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens.
Protagonista -(personagem principal)
Antagonista- (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos).
Adjuvantes ou coadjuvantes-personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.
Narração e Narratividade - Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias o tempo todo. Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito. Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narração.
Os Elementos da Narrativa - Os elementos que compõem a narrativa são:

- Foco narrativo (1ª e 3ª pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador- personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.

A Verossimilhança na Narração –
Para produzirmos um texto é necessário que conheçamos o assunto que será explorado e tudo dependerá da nossa maneira de interpretar as fontes, nossa visão de mundo e experiências vividas. Para transmitir o que pretendemos, recriamos o real de acordo com a nossa vontade.
Quando exploramos a ficção é importante que nossa obra seja verossímil, dando ao leitor a idéia de verdade, aproximando-o da nossa realidade.
Para construir uma narração que faça sentido ao leitor, todos os seus elementos (enredo, narrador, personagem, tempo e espaço) precisam compor um ‘todo verdadeiro’. É através da verossimilhança, da aproximação da realidade, que o texto se fará real.
Narração: três tipos de narrador, isto é, três tipos de foco narrativo:
O narrador-personagem : conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem. Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais.
O narrador-observador : conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
O narrador-onisciente: conta a história em 3ª pessoa, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos. Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece o narrador faz uso do discurso indireto livre.
O Narrador e a Gramática da Narração
-Narração em primeira pessoa, o narrador participa dos acontecimentos; é um personagem com dupla função: o personagem-narrador: *participação secundária nos acontecimentos- papel de narrador, * personagem principal.
A narração em primeira pessoa- permite ao autor penetrar e desvendar com maior riqueza o mundo psicológico do personagem, e, nem tudo o que é afirmado pelo narrador corresponde à "verdade", pois, como ele participa dos acontecimentos, tem deles uma visão própria, individual e, portanto, parcial.
A principal característica desse foco é a visão subjetiva que o narrador tem dos fatos: ele narra apenas o que vê, observa e sente, ou seja, os fatos passam pelo filtro de sua emoção e percepção.
-Narrações em terceira pessoa: o narrador está fora dos acontecimentos; podemos dizer que ele paira acima de tudo e de todos. Essa situação lhe permite saber de tudo, do passado e do futuro, das emoções e dos pensamentos dos personagens - daí ser chamado de onisciente (oni + sciente, ou seja, "o que tem ciência de tudo", "o que sabe de tudo").
O narrador onisciente "lê" os sentimentos, os desejos mais íntimos da personagem (aliás, o narrador vê o que ninguém tem condições de ver: o mundo interior do personagem), e sabe qual será a repercussão desse ato no futuro.
O Enredo - O enredo (ou trama, ou intriga) é o esqueleto da narrativa, aquilo que dá sustentação à história, o que a estrutura, ou seja, é o desenrolar dos acontecimentos (é a linha se entrelaçando, formando a malha, a trama, a rede, o tecido, o texto). Geralmente, o enredo está centrado num conflito, responsável pelo nível de tensão da narrativa.
• Linear: começo – meio – fim – os acontecimentos são contínuos.
• Não-linear: descontinuidade temporal, cortes ou saltos na seqüência de ações, quebra da continuidade lógica e cronológica dos acontecimentos.
• Cronológico: dos relógios, objetivamente marcado.
• Psicológico: da duração interior das vivências.
Os Personagens - Aqueles que vivem o enredo (em português, a palavra personagem tanto pode ser masculina como feminina). Podem ser reais ou imaginários, ou a personificação de elementos da natureza, idéias, etc. Principais ou secundários. Há personagem que apresenta personalidade e/ou comportamento de forma evidente, comuns em novelas e filmes, tornando-se personagem caricatural.
Personagem e Enredo - O enredo existe através dos personagens; as personagens vivem do enredo. Enredo e personagem exprimem, ligados, os intuitos do romance, a visão da vida que decorre dele, os significados e valores que o animam.
O Ambiente - É o cenário por onde circulam personagens e onde se desenrola o enredo. Em alguns casos, a importância do ambiente é tão fundamental que ele se transforma em personagem. Por exemplo: o Nordeste, em grande parte do romance modernista brasileiro; o colégio interno, em O Ateneu, de Raul Pompéia; o caso mais nítido está em O cortiço, de Aluísio Azevedo. É o ESPAÇO - onde transcorrem as ações, onde os personagens se movimentam auxilia na caracterização dos personagens, pois pode interagir com eles ou por eles ser transformado.
O TEMPO - A duração das ações apresentadas numa narrativa caracteriza o tempo (horas, dias, anos, assim como a noção de passado, presente e futuro).
Pode ser : *cronológico, fatos apresentados na ordem dos acontecimentos,
*psicológico, tempo pertencente ao mundo interior do personagem. A técnica do flashback é bastante explorada, uma vez que a narrativa volta no tempo por meio das recordações do narrador.
Reflete angústias e ansiedades de personagens e que não mantém nenhuma relação com o tempo propriamente dito, cuja passagem é alheia à nossa vontade. Falas como "Ah, o tempo não passa..." ou "Esse minuto não acaba!" refletem o tempo psicológico.
A Gramática na Narração - Num texto narrativo predominam os verbos de ação: há, em geral, um trabalho com os tempos verbais. Afinal, a narração, ou seja, o desenrolar de um fato, de um acontecimento, pressupõe mudanças; isso significa que se estabelecem relações anteriores, concomitantes e posteriores.
Tipos de Narrativa - orais, escritas, visuais ou encenadas, como é o caso do teatro.
Elementos primordiais: tempo, espaço, personagens, narrador e enredo.

A narrativa se subdividem em: Romance, Novela, Conto, Crônica e Fábula.

Romance: É uma narrativa sobre um acontecimento ficcional no qual são representados aspectos da vida pessoal, familiar ou social de uma ou várias personagens. Gira em torno de vários conflitos, sendo um principal e os demais secundários, formando assim o enredo.

Novela: Assim como o romance, a novela comporta vários personagens, sendo que o desenrolar do enredo acontece numa sequência temporal bem marcada. Atualmente, a novela televisiva tem o objetivo de nos entreter, bem como de nos seduzir com o desenrolar dos acontecimentos, pois a maioria foca assuntos relacionados à vida cotidiana.

Conto: É uma narrativa mais curta, densa, com poucos personagens, e apresenta um só conflito, sendo que o espaço e o tempo também são reduzidos.

Crônica: Também fazendo parte do gênero literário, a crônica é um texto mais informal que trabalha aspectos da vida cotidiana, muitas vezes num tom muito “sutil” o cronista faz uma espécie de denúncia contra os problemas sociais através do poder da linguagem.

Fábula: Geralmente composta por personagens representados na figura de animais, é de caráter pedagógico, pois transmite noções de cunho moral e ético. Quando são representadas por personagens inanimados, recebe o nome de Apólogo, mas a intenção é a mesma da fábula.
Esquema-síntese da Narração
- Personagens: • Personagens principais: protagonistas x antagonistas
• Personagens-auxiliares ou ajudantes.

Apresentação dos personagens: • Direta: descrição de traços físicos e/ou psicológicos.
• Indireta: ações, comportamentos, acontecimentos vividos pelas
personagens, falas.
Tipos de Discurso na Narrativa-
Discurso direto: O narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar.
Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: “Alá minha frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu outro tênis.” - Jornal do Brasil, 29 de maio 1989.
Discurso indireto: O narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador.
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque. Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1964.
Discurso indireto livre: É uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos personagens. É uma forma de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi Brilhante. Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.
Foco Narrativo: • Narrador-personagem: 1ª pessoa
• Narrador-observador: 3ª pessoa
• Narrador-onisciente: 3ª e 1ª pessoas.
O Narrador e o Foco Narrativo - O narrador é elemento fundamental para o sucesso do texto, pois esse é o dono da voz, o que conta os fatos e seu desenvolvimento. Atua como intermediário entre a ação narrada e o leitor. O narrador assume uma posição em relação ao fato narrado (foco narrativo), o seu ponto de vista constitui a perspectiva a partir da qual o narrador conta a história.

O foco narrativo em 1ª pessoa - o narrador é um dos personagens, protagonista ou secundário- apresenta aquilo que presencia ao participar dos acontecimentos - nem tudo aquilo que o narrador afirma refere-se à “verdade”, pois ele tem sua própria visão acerca dos fatos; sendo assim expressa sua opinião.

Foco narrativo em 3ª pessoa - O narrador é onisciente. Oferece uma visão distanciada da narrativa; além de dispor de inúmeras informações que o narrador em 1ª pessoa não oferece.
Os sentimentos, as idéias, os pensamentos, as intenções, os desejos dos personagens são informados graças à onisciência do narrador que é chamado de narrador observador.

Não fique de fora

Forme a sua equipe de trabalho e participe!


São Paulo, 28 de março de 2011.
Olá,Você sabia que já estão abertas as inscrições para o Prêmio Internacional EducaRede, promovido pela Fundação Telefônica? O prazo final para a inscrição é o dia 2 de maio.

Este ano, pela primeira vez, é possível participar com trabalhos criados com qualquer tipo de ferramenta pedagógica ligada às TIC, como blogs, wikis, webquest, trabalhos com Google docs, speaking images, canais de podcast ou de YouTube, usos didáticos das redes sociais etc.

Para participar do concurso os alunos devem formar equipes e, com a ajuda de um professor, realizar trabalhos relacionados com as matérias do currículo escolar de seu país.
As diferentes categorias de participação estão divididas conforme a idade dos alunos, começando a partir dos três anos.
Os prêmios serão equipamentos tecnológicos de uso educativo.
Informações sobre o Prêmio Internacional Educarede, os prazos de entrega de trabalhos e as bases para inscrição podem ser consultados aqui: www.educared.org/premiointernacional.
Estamos esperando por vocês! Qualquer dúvida entre em contato:

E-mail: premiointernacional@educared.org
Skype: certamen.educared MSN: premiointernacional
Abracos, Equipe EducaRede
PS: Você também pode nos acompanhar pelas redes sociais:

Twitter: http://twitter.com/#!/Premio_Educared.
Facebook: http://www.facebook.com/PremioEducared.
Youtube: http://www.youtube.com/PremioEducared.

terça-feira, 22 de março de 2011

Historia do lápis

Você conhece a história do lápis?

Um menino olhava a avó escrevendo uma carta. A
certa altura perguntou: - Você está escrevendo uma
história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma
história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e
comentou com o neto: - Estou escrevendo sobre você, é
verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras,
é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como
ele quando crescesse. O menino olhou para o lápis,
intrigado, e não viu nada de especial: - Mas ele é igual a
todos os lápis que vi em minha vida! Respondeu a avó: -
Tudo depende do modo como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz consigo mesmo, com os
outros e com Deus.

Primeira qualidade: Você pode fazer grandes coisas,
mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que
guiará seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e
Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.
Segunda qualidade: De vez em quando eu preciso
parar o que estou escrevendo e usar o apontador. Isso faz
com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele estará
mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores
porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

Terceira qualidade: O lápis sempre permite que
usemos uma borracha para apagar aquilo que está
errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é,
necessariamente, algo mau, mas algo importante para
nos manter no caminho da justiça.


Quarta qualidade: O que realmente importa no lápis
não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que
está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece
dentro de você.

Finalmente, a quinta qualidade do lápis: Ele sempre
deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que
você fizer na vida irá deixar traços...
Paulo Coelho
'' Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é "muito" para ser insignificante".
(Charles Chaplin)

segunda-feira, 14 de março de 2011

O Dia Nacional da Poesia - 14 de Março

"Que é a poesia? uma ilha cercada de palavras por todos os lados"
O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor baiano Castro Alves. Poeta do Romantismo, foi autor de belíssimas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.
O que é poesia - Poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. O poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata”.
Para outros, a arte literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo grego que afirmava que “a arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”.
Declamando ou escrevendo, fazer poesia é expressar-se de forma a combinar palavras, mexer com o seu significado, utilizar a estrutura da mensagem. Isto é a função poética.
A poesia sempre se encontra dentro de um contexto cultural e histórico. Os vários estilos poéticos, as fases de cada autor, os acontecimentos da época e tantas outras interferências muitas vezes se misturam à obra e lhe dão novos significados.
Características do estilo poético
Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Geralmente a expressão “poesia” se aplica à estrutura de texto em versos. Os versos são as “linhas” do poema. Um conjunto de versos forma uma estrofe.
Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Dia Nacional da Poesia
A palavra "poesia" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.
Antigamente, os poemas eram cantados, acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.
As linhas de um poema são os versos. O conjunto desses versos chama-se "estrofe". Os versos podem rimar entre si e obedecer à determinada métrica, que é a contagem das sílabas poéticas de um verso. Os versos mais tradicionais são as redondilhas; a redondilha menor tem cinco sílabas, e a maior com sete; os versos decassílabos, dez; os alexandrinos, doze.
A rima é um recurso que confere musicalidade aos versos, baseando-se na semelhança sonora das palavras do final ou, às vezes, do interior dos versos. Rima, ritmo e métrica são características especiais de um poema e que podem variar, dependendo do movimento literário da época.
No Brasil, os primeiros poemas surgiram junto com o seu descobrimento, pois os jesuítas usavam versos para catequizar os índios.
Depois, surgiram outras formas de poesia, como o barroco (1601-1768), o arcadismo (1768-1836), o romantismo (1836-1870), o parnasianismo (1880-1893), o simbolismo (1893-1902), o pré- modernismo (1902-1922), o Modernismo (1922-1962), até a forma de hoje.
O Dia Nacional da Poesia é comemorado em homenagem ao nascimento de Castro Alves, em 14 de março de 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira. Suas obras que mais se destacaram foram: Os escravos (no qual há o seu famoso poema Navio Negreiro) e Espumas flutuantes, cujas características principais são a valorização do amor e a luta por liberdade e justiça. Há outros nomes importantes da poesia brasileira: Alberto de Oliveira, Gonçalves Dias, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros.
Fonte: www.paulinas.org.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/marco/dia-nacional-da-poesia.php Acessado em 14/03/2011

Dia Nacional da Poesia

http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-nacional-poesia.htm Acessado em 14/03/2011

A poesia é a arte da linguagem humana, do gênero lírico, que expressa sentimento através do ritmo e da palavra cantada. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da fala em recursos formais, através das rimas cadenciadas.
As poesias fazem adoração a alguém ou a algo, mas pode ser contextualizada dentro do gênero satírico também.
Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.
A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.
Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.
Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.
Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registrados em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola